BEIJO GAY EM NOVELA

"Um pequeno passo na dramaturgia, um grande salto para a sociedade!" - Mateus Solano

Com picos de 44 pontos de audiência o suspense sobre a exibição do beijo gay fez com que 69% dos televisores estivessem sintonizados para conferir o final da história. 
(Imagem: Reprodução/Internet Edição: Carlos Santana)

  

 Após diversas tentativas fracassadas no passado, a história da teledramaturgia brasileira avança na diversidade com o primeiro beijo gay na Globo exibido sexta-feira (31) que marcou o desfecho dos personagens no último capítulo da novela "Amor à Vida".  

Com recorde no Ibope, a cena que marcou o final dos personagens de Mateus Solano e Thiago Fragoso, exibiu um discreto beijo plastificado, sem movimento, justamente para não chocar as pessoas, como declarou posteriormente o autor da novela Walcyr Carrasco. 

 Tímida ou não, a manifestação de amor entre pessoas do mesmo sexo se torna ainda mais importante quando se recorda, por exemplo, o desfecho das personagens de Cristiane Torloni e Silvia Pfizer que faziam par romântico na novela Torre de Babel exibida também no horário nobre em 1998.    

 Diferente de Niko e Félix, as bem sucedidas Leila e Rafaela desagradaram os espectadores mesmo sem grandes aproximações entre elas nas cenas. Para melhorar a audiência, a solução de Silvio de Abreu foi a morte das duas empresárias em um incêndio. Na cena enquanto a loja pega fogo uma estaca cai em cima delas e Torloni diz aleatoriamente "tudo isso por causa desse maldito preonceito". 

 Foi mesmo.