CIDADE DESEDUCADA

Qual é o interesse dos prefeitos em manterem as crianças mais pobres sem educação?


Acontecem há cerca de dois meses tentativas frustradas de retorno à aulas presenciais das crianças da rede municipal e estadual com idas e voltas da Justiça por não garantirem as regras sanitárias. Apenas as particulares estão conseguindo promover esse retorno embora ainda lento e gradual.
(Imagem: Reprodução/Internet | Edição: Carlos Santana) 

 A distância que separa os ricos dos pobres em todas as oportunidades da vida moderna, segue aumentando durante a pandemia com o fechamento das escolas públicas e dificuldade de acesso dos alunos carentes à internet - única alternativa viável para a continuidade dos estudos em um ano praticamente perdido para o novo coronavírus.   


 Com a maioria das escolas públicas sem o retorno das aulas presenciais, mais da metade dos alunos precisarão de nos próximos anos driblar essa adversidade recuperando o que foi perdido neste letivo. 


 O MEC por sua vez na função de órgão que deveria ter sido o regulador desta crise não sabe dizer quantos alunos estão assistindo as aulas online.


 Para os menos favorecidos a meritocracia parece utopia em um cenário praticamente sem oportunidades de competir no mesmo nível com os estudantes da rede privada. Segundo o Governo de SP 50 % dos paulistas estão acompanhando as aulas remotamente. E a outra metade? 


 Para o andar de baixo sobrou, não, faltou internet 3G (quando se tem crédito ou celular) incomparável com a banda larga com Wi-Fi necessária para as pesquisas complementares das aulas realizadas via aplicativos modernos e funcionais. 


Falta investimento nas condições do aluno além de precarizar o salário do professor, que teve que se reinventar para se adaptar rapidamente e muitas vezes com os próprios recursos aos novos tempos. 


Pouco se fala de maneira pragmática sobre o retorno às aulas presenciais em um momento que as mortes seguem em queda e a os hospitais de campanha estão desativados. 


 Durante as campanhas municipais de 2020 está sendo bastante explorado o discurso que o papel do prefeito é o mais “bonito” determinado pela Constituição de 1988 no que tange a gestão da Educação Infantil e Ensino Fundamental I.


De acordo com a lei, 25% dos impostos dos municípios e estados devem ser direcionados para a educação, mas com o que se vê na prática, quase toda fortuna escoa nos ralos da corrupção que roubam o nosso futuro virtuoso.



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