A tradição de considerar que o ano só começa no Brasil após o Carnaval reflete, de maneira peculiar, a nossa cultura festiva. A maior festa popular do mundo, repleta de foliões desfilando suas criativas fantasias, marca o início de um novo ciclo. Empresas, escolas e bancos dão uma pausa, unindo-se à celebração que transcende fronteiras.
Com público recorde em todo Brasil o Carnaval mais longo da história foi um alívio para os diversos problemas que enfrentamos no país. |
No meio da alegria, o Carnaval brasileiro também é palco para debates e polêmicas. Trios apocalípticos, representações controversas de policiais, enredos que destacam a vulnerabilidade social e críticas políticas alimentam as discussões. É uma festa que vai além da música e da dança, abraçando a diversidade de opiniões e expressões.
As peculiaridades não param por aí. Cumprimentos inusitados, cabelos platinados de prefeitos no palco e uma extensão da folia até março em São Paulo garantem que a festa continue. Contudo, mesmo em meio à celebração, desafios sérios nos aguardam. O surto de dengue e a persistência da COVID-19, aliados às enchentes, exigem nossa atenção imediata.
Além disso, um rombo de 249 bilhões nas contas públicas destaca a complexidade política e econômica do momento. Enquanto o presidente atual viaja para o Egito, o antecessor tem seu passaporte retido pela Justiça. Estamos diante de um ano agitado, marcado por desafios que não esperam o fim da festa para se manifestarem.
Assim, ao desejar um feliz ano novo, reconhecemos a importância de aproveitar o descanso proporcionado pelo Carnaval, pois o que nos aguarda é uma jornada intensa, repleta de eventos significativos e decisões cruciais para o futuro do país.
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